PERIODONTIA
Enxertos gengivais, Enxerto Ósseo Autógeno ou Exógeno, Frenectomia Lingual ou Labial, Plástica Gengival ou Peeling Gengival e Aumento de Coroa Clínica são cirurgias realizadas no ramo da periodontia. São cirurgias que exigem uma habilidade do profissional em manipular tecidos moles para que tenham o sucesso desejado. Na reabilitação oral alguns casos de implantes dentários deverão estar aliados à técnicas cirúrgicas periodontais para melhor resultado.
Fique atento a alguns sinais e sintomas:
- Sangramento gengival
- Mau hálito persistente
- Gengivas vermelhas, inchadas e sensíveis
- Mobilidade dentária
RELAÇÃO DA PERIODONTITE E DAS DOENÇA CARDIOVASCULARES:
Pesquisas recentes indicam que a periodontite pode estar associada ao desenvolvimento de doença cardiovascular.
Uma explicação para essa associação é que as proteínas inflamatórias e as bactérias presentes no tecido periodontal penetram na corrente sanguínea, causando diversos efeitos no sistema cardiovascular.
Um estudo recente examinou a relação entre a presença de bactérias que causam periodontite e o espessamento da parede dos vasos sanguíneos observado em doenças cardíacas. Os pesquisadores concluíram que o aumento do nível de espessamento da parede dos vasos sanguíneos estava associado à presença das mesmas bactérias conhecidas como causadoras da periodontite.
As doenças cardiovasculares(DCV) esão associadas a vários fatores de risco, dentre eles a doença periodontal.
Estudos recentes mostraram que a infecção bacteriana relacionada com a Periodontite gera o aumento da liberaçao de mediadores inflamatórios, o que pode aumentar o risco para o infarto do miocardio.
A doença periodontal pode favorecer a endocardite infecciosa em indivíduos de risco, já que promove a entrada de bactérias no sangue diariamente, através do sangramento gengival. O tratamento periodontal reduz o risco de endocardite nos indivíduos susceptíveis.
A doença periodontal também foi apontada como indicador de risco para o aumento do LDL (colesterol ruim).
Alem disso, foram observadas bacterial comumente encontradas na Periodontite em ateromas (placas de gordura e tecido fibroso que se formam nas paredes dos vasos sanguíneos).
O tratamento periodontal pode reduzir o risco as doenças cardiovasculares.
Vários aspectos do estado de saúde dos pacientes devem ser considerados no momento da avaliação do periodonto e da elaboração de um plano de tratamento abrangente.
No caso de portadores de doença cardiovascular e pessoas com risco de desenvolver essa doença, os fatores críticos a serem considerados são a gravidade e duração da doença, a presença de outras enfermidades como o diabetes que afetam a doença cardiovascular e de fatores de risco em relação às doenças periodontais como por exemplo tabagismo e consumo de bebida alcoólica.
A comunicação entre o dentista e o médico é essencial para determinar o nível de cuidados para realização do tratamento e bem-estar geral do paciente.
A redução da presença de bactérias e eliminação do biofilme tanto acima quanto a baixo da linha da gengiva é realizada através da tradicional raspagem e alisamento radicular com curetas e através de Ultra Som e Jato de Bicarbonato. A instrução de higiene oral para controle da placa bacteriana faz parte do tratamento periodontal e deve ser seguida rigorosamente pelos pacientes para manutenção do tratamento principalmente os de alto risco, como os portadores de doença cardiovascular.
Para controle mecânico de placa bacteriana o uso do fio dental regularmente, das escovas interproximais e da escovação dos dentes com um creme dental que oferece proteção antibacteriana são de grande importância.
RELAÇÃO ENTRE AS DOENÇAS PERIODONTAIS E AS DOENÇAS SISTÊMICAS
Qual e a relação entre as Doenças Periodontais e as Doenças Sistêmicas? As doenças periodontais podem influenciar a saúde geral ao afetar diretamente ou contribuir para o desenvolvimento de enfermidades em outros órgãos. A periodontite a um indicador de risco para diversas condições sistêmicas, tais como doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, nascimento de bebes prematuros e baixo peso.
PERIODONTITE NA MATERNIDADE
A doença periodontal, por ser uma infecção, quando ocorre em gestantes, é considerada um indicador de risco para o parto prematuro e o nascimento de crianças de baixo peso, podendo também estar associada a pre-eclampsia. 0 risco para essas alterações ocorre, pois a doença periodontal promove o aumento na circulação sanguínea de mediadores inflamatórios e citocinas que podem atuar induzindo eventos coma, por exemplo, a contração uterina. Alem disso, pode ocorrer a disseminação de bactérias patogênicas pela corrente sanguínea.
O tratamento periodontal da gestante tende a reduzir o risco do parto prematuro.
PERIODONTITE E DIABETES
O diabetes mellitus é caracterizado por uma desordem metabólica que promove o aumento da taxa de açúcar no sangue (hiperglicemia). A doença periodontal é uma infecção bacteriana, que se não tratada promove a perda das estruturas de suporte do dente.
No diabético, a doença periodontal é mais severa que no individuo saudável. As infecções cronicas, como a periodontite, podem promover no diabético o aumento significativo da glicemia, mesmo frente a acompanhamento endocrinológico e nutricional adequados. Por outro lado, o tratamento dessas infecções promove a estabilização da glicemia nesses indivíduos.
O tratamento periodontal melhora o controle glicêmico do paciente diabético.